sábado, 16 de fevereiro de 2013

BULLYING RELACIONAL


Bullying relacional
É o mais difícil de ser percebido.  Diminui incrivelmente a autoestima da vítima ao ser ignorada, excluída e evitada.  Muitos autores dizem que, para a vítima, é a pior forma de bullying.
Embora já possa ser identificado em crianças bem pequenas (não deixar uma criança brincar no grupo, encorajar os outros a não brincarem com certa criança), é muito comum na  adolescência, época em que uma das grandes preocupações é firmar a identidade pessoal e pertencer a um grupo.  Por isto magoa tanto ser propositalmente excluído pelos colegas.  Ser o único a não ser convidado para uma festa de aniversário, nunca ser chamado para ficar com o grupo na hora do recreio, nunca ir dormir na casa de colegas, etc.
É uma forma muito comum de bullying entre meninas e, pior, entre meninas que sempre foram amigas.  “Faça o que estou dizendo ou não serei mais sua amiga.” O medo da solidão é mais forte do que tudo.  Muitas vezes se aceita ir contra o que acha certo, pra não ficar sozinha no recreio, por exemplo.
“O bullying relacional inclui atos que magoam os outros ao prejudicar relacionamentos ou sentimentos de aceitação, amizade ou inclusão no grupo. O comportamento neste tipo de bullying é o de ignorar alguém para puni-lo ou fazer valer a própria vontade, excluir alguém socialmente por vingança, usar linguagem corporal ou expressões faciais negativas, sabotar os relacionamentos de alguém ou ameaçar terminar uma amizade se a amiga não concordar com um pedido.” Rachel Simmons, autora do livro Garota Fora do Jogo.
Existe também o tratamento silencioso, segundo Simmons.  Uma menina deixa de falar com outra e, sem avisar, dispensa sua amizade.  A rejeitada sem saber por que a amiga está zangada é consumida pelo pânico e pelo medo de perder para sempre a amizade e chega até a acreditar que a culpa é mesmo dela.
Olhem o que disse uma garota de 11 anos no livro Garota Fora do Jogo: “Quando você as ignora, as vítimas ficam com medo de tudo. Não entendem o que está acontecendo.” E outra diz: “A gente tenta descobrir porque elas estão zangadas com a gente e elas riem na nossa cara. Jogam o cabelo para trás e olham para o outro lado”.
O bullying relacional também pode acontecer com meninas bonitas.  Olha a carta que uma mãe escreveu para o Dr Beane, autor de livros sobre bullying e que dá muitas palestras mundo afora:
“Tenho certeza de que o senhor recebe muitos e-mails, mas espero que tenha tempo para me ajudar com um problema. Minha filha, Brook, é aluna nova no Ensino Médio de uma escola pequena. Ela é muito bonita e sociável.  Parece atrair as pessoas.  Obviamente os meninos da escola se interessaram muito por ela, especialmente um.  Ele tem namorada mas sempre quer ficar perto de Brook e conversar com ela.  Sua namorada, claro, está com ciúmes e agora está espalhando rumores de que minha filha não presta e que tem ataques nervosos.  Escuto Brook chorar na cama toda noite.  Meu coração fica partido..  Não sei o que fazer.  Ela não quer que eu ligue para os pais da menina e nem que eu converse na escola sobre o que está acontecendo.”
“O BULLYING RELACIONAL USA COMO ARMA OS RELACIONAMENTOS, EM VEZ DE PUNHOS E FACAS. NÃO HÁ GESTO MAIS DEVASTADOR DO QUE UM DAR AS COSTAS.”  Rachel Simmons
bullyingnaoebrincadeira.com.br

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